Imagem: http://mfcmamonas.no.comunidades.net
|
Eu nunca duvidei do que pudessem fazer, não tinham a famosa marra, mas
era uma confiança daquelas, dessas que não se entrega a imaginação que não
pressupunha a realização. Verdade, acho que quando criança, nunca se permitiram
como qualquer outra, acreditar, que bastaria fechar os olhos e imaginar para
que tudo a sua volta mudasse. Acho que sempre foram habilitados para a vivência
da guerra, mesmo que instintivamente.
Tinham no semblante tranquilamente antagônico,
a guerra e a paz. A paixão e a fúria de uma onda que se atira em direção ao
litoral, sem a menor preocupação da não mais existência. Cumprir era mais
importante que existir? Não sei. Às vezes achava que pulsava no peito deles, outro
coração que não fossem os seus. Talvez fosse a única resposta coerente. Confesso.
Sempre achei esquisito, transmitiam uma sensação de um salto no meio no nada,
um pulo no meio escuro, ficava bem vivo no olhar, que esse era um ponto forte, uma
essência, que em invernos tenebrosos, como os do citado pelo Presidente, Barack
Obama, em seu discurso de posse, “quando nada menos que a esperança e virtude poderiam
sobreviver...” os levaria a frente, a sair de trás das fileiras para decidir
rumos, quando não, a história. Eram levados por uma força maior, ainda que todos
jurassem que fossem humanos.
Toda essa humanidade deixava a mostra que não eram filhos dos deuses ou
de titãs. Até eles mesmos sentiam isso. É Fato. Mas é inegável, incontrovertível,
que esses traços, evidentes, na capacidade inventiva frente o aos desafios e a habilidade
de se reinventar em meio ao caos exalava e remetia a algo superior, que os colocaria sempre uma passo a frente de todos. Buscavam algo maior
que a própria vida, que por mais questionados que fossem, ficava claro, que eles
não iriam desistir, mas iriam até o fim. Eu jurava que estavam extintos,
jurava...
Nenhum comentário:
Postar um comentário