Escrevo esse texto com o cansaço
de um trabalhador que após um dia de trabalho se vê participando de uma
maratona, nunca foi tão cansativo suavizar aquilo que não pode ser suavizado,
as perguntas realmente movem o mundo, independente de quem seja, as respostas
são apenas produto da mobilização. Não é uma reclamação formal. Só um desabafo.
Eu juro. Ainda não vi ninguém mover um processo contra quem articula isso tudo,
eu tão pouco o faria, mas, verdade seja dita desde que cheguei aqui ninguém
ainda me disse o que eu deveria ser ou fazer. Acho que também pode ter
acontecido contigo. Você nasce, cresce, termina os estudos,
torce pelo time favorito e morre (risos)... Sem ao menos, como muitos, saber
qual o sentido disso tudo.
Não que haja uma obrigação formal de legitimar alguma coisa para alguém,
mas existem momentos, em que tudo que você acredita tem quer ser real para
você, não para os outros. E... É aí, que em um belo dia, você acorda e descobre,
entre a correria do dia-a-dia, muitos amores, copos de bebida e a ferocidade
dos insultos dos seus amigos e familiares contra o governo, que você ainda não sabe
qual é o sentido da sua. Caramba! Como ninguém me falou sobre isso? Exato. Você
está perdido e como se já não bastasse, beberam a última coca da geladeira, rs. Como
qualquer outro está destinado há um fim comum a todos. Perplexo, se da conta,
que já não é mais “à bala” que matou John Kennedy! (risos). Parabéns. As
inquietudes da humanidade acabaram de chegar até você. Não estava preparado. Eu
sei, também não, mas é a vida. Mais uma interrogação em meio tantas preocupações potencializadas
pela condição pós moderna, mais uma? Sacanagem. Do tombo a reflexão.
Pensa - agora – ávido, em uma maneira de mudar, mesmo que o fim seja comum a todos, os caminhos não! Não seria justo
permitir que a vida acabesse escorrendo pela estrada, como o tempo pelas mãos, sem
pelo menos dar um sentindo a isso tudo, sem pelo menos encontrar algo que o
fizesse acordar e querer estar ali todos, espremendo cada minuto do dia atrás
de segundos valiosos. Decidiu mudar. A vida que levava deveria se confundir com
o que amava, onde o que fazia se confundisse com o que era. Existir já não era
tão legal quanto viver. De certo que ele ainda não encontrará a possibilidade
de mudar o destino, mas, algo mais valioso, se o sentido estivesse na faculdade
de sentir e assim experimentar alterações interiores através das experiências
vividas, independente do que acontecesse nada mais era relevante, ele tinha
encontrado, ele estava vivo, ele estava pronto, o fim já não era mais tão
importante quanto o agora.
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